Objectivo último...

A meta aproxima-se,
o objectivo último,
a cada passo,
a cada batida do coração,
a cada respiração,
a cada gota de suor que escorre pelas costas alagadas...

Os passos tornam-se mais largos,
o coração acelera em antecipação e luta para se escapar à prisão do peito,
a respiração ofegante fica descontrolada,
perdes o controlo da resistência e das reservas de energia,
a pele humedece-se profusamente...

Sentes o rubor a brotar na tua face que nem criança embaraçada,
a boca seca é incapaz de moldar qualquer palavra,
os punhos cerrados buscam o controlo que se desvanece,
as funções básicas do organismo como que perdem o domínio de toda a musculatura,
as pernas tremem e insistem em convencer a mente que o corpo quer ceder...

Mas a meta continua a aproximar-se...

Está ali, à distância de um impulso...

"Coragem!"
"Tu consegues!"
"Foi a isto que te propuseste, é isto que desejas!"
"Basta esticares o teu peito, fazer a tua parte e, quem sabe, celebrar a vitória..."

Grita a mente, por entre o ruído de milhares de pensamentos que fluem e colidem à velocidade da luz, das recordações dos anos de treino, de todas as vezes que não conseguiste adormecer ao visualizar este momento...é agora...

Contas em silêncio...
um...
dois...
três...
vem do teu íntimo, de todas as tuas células, do fundo do teu coração, um calor extra, o impulso último, o prelúdio do êxtase...

...e ouves a tua voz trémula, tímida, ansiosa, quase surda,
como se estivesses fora do teu corpo,

AMO-TE!

Latente pedra ardente

As emoções que um homem sofrido, triste e inseguro afasta do seu coração para se sentir forte e inabalável são muralhas virtualmente intransponíveis que o protegem da desilusão e da vã esperança de felicidade.

As palavras fluem da sua boca tão cuidadosamente estruturadas na sua mente e forjadas no fogo frio da solidão e do desespero para que quem as ouve tenha a percepção de uma pessoa forte, decidida e confiante.

O afastamento propositado de interacções humanas que lhe dá a ilusão de individualidade e que usa como justificação para o sentimento intriseco de separação.

Tudo rui, tudo perde significado...

Basta um vislumbre, uma efémera parcela de tempo e a ansiedade, a palpitação, o turbilhão de pensamentos, a sensação de partilha, compreensão, pertença, a incapacidade de racionalidade, o calor, a subita vontade de viver, a esperança... tudo volta para o assombrar, para o fazer sentir como areia na praia que é revoltada, sem vontade própria, pelos salgados dedos do mar.

Como se houvesse uma sina, maldição ou feitiço que o subjuga e o possui, que está na posse de uma feiticeira que não sabe que o é e que o conjura sem saber que o faz.

E é aí, que no seu íntimo sabe que é exactamente esse o seu propósito; é dessas emoções que tanto foge mas que, paradoxalmente, tanto quer reencontrar. É aí que se lembra que só foge e se protege pelo medo de as voltar a perder, de voltar a ter consciencia do abismo, do vazio, onde antes, por momentos, esteve a chama do seu coração.

Esse vislumbre é afinal uma benção, esse é aquele momento efémero de felicidade para que o homem se propõe viver e que o alimenta enquanto se vê forçado a reconstruir as suas muralhas que jazem desfeitas em pó a seus pés.

Assim como uma gota de água pode desintegrar o mais rijo aço,
assim como o que começa nas montanhas como uma brisa pode devastar planícies inteiras,
assim como o que começa como uma ligeira ondulação no mar pode arrasar falésias inteiras na costa,
também o coração frio, estável e impenetrável de um homem pode ser completamente liquefeito, num instante, por aquele doce, negro e brilhante olhar...o teu.

O que é o Amor?

Amar é saber abdicar,
é estar quando é preciso
saber não estar quando não somos precisos
é saber apreciar e aceitar que os os outros não precisam mais de nós
é sentir em nosso espírito que não precisam mais de nós e ficarmos felizes por isso,
é sentir que fomos importantes e aceitar que não somos mais,
é sentir a pele do outro a tocar na nossa e aceitar que não vamos senti-lo mais,
é dar uma palavra amiga sem expectativas de recompensa,
é compreender sem desejar ser compreendido,
é sermos como somos, sem máscaras que nos adulterem,
é termos a capacidade de sermos verdadeiros sem medo que nos julguem,
é viver,
ser,
sentir,
dar a sentir,
exactamente como somos,
"no strings attached"
o meu coração é teu, faz dele o que quiseres, inclusivé .... ignora-o!
isto pra mim ...
....
é AMOR!

amo-vos meus amigos! amo-vos mulher que disse que amei e a mais uma ou duas que não foi conveniente, ou temi, dizer!

Qual o teu medo mais profundo

O nosso medo mais profundo não é sermos incompetentes, insuficientes ou inadequados. O nosso maior medo é que sejamos mais poderosos do que acreditamos poder aguentar, para além do limite. É a nossa LUZ e não a nossa escuridão que mais nos assusta. Perguntamo-nos, quem sou eu para brilhar, ser talentoso, inteligente? Quem sou eu para merecer distinção?

A questão é: Quem sou eu para NÃO o ser?! Eu sou fruto da criação, dos acontecimentos caóticos e perfeitos que me permitem estar aqui hoje a escrever. O viver a medo não favorece o mundo... Não há nada de meritório em encolher-me para que os outros não sintam a minha insegurança e por sua vez se inseguros perto de mim. Eu fui feito para brilhar assim como era em criança, quando não havia medo. Assim como eu, TU! Nós existimos para manifestar o espírito que há dentro de nós, que habita em nós. Não é apenas em alguns de nós; é em TODOS nós!

Quando permitimos a nossa própria LUZ brilhar, permitimos também que outros façam o mesmo. Assim como ao libertarmo-nos do nosso medo, a nossa presença automáticamente liberta os outros...

...e para isso basta um sorriso!


Adaptado de Marianne Williamson

Porque choram os anjos?

Porque não...

...poderei eu pegar para mim todo o seu sofrimento?
...poderei confortá-los com esperança?
...poderei mostrar-lhes que o que sentem tem um sentido, um propósito?
...poderei eu envolve-los como a mãe faz ao seu filho quando acorda assustado?
...poderei eu fazê-los sentir a paz que sente a criança quando deita a cabeça no colo da sua mãe?
...poderei eu fazê-los sentir a segurança que sente a menina quando se agarra ao braço de seu pai?
...poderei eu ter entendimento suficiente para não ter estas dúvidas?
...poderei eu ser também um anjo?!

Quando tiveres que chorar, chora! Lava a tua alma e coração, pois até o mais puro dos cristais precisa ser polido para fazer resplandescer todo o seu brilho, assim como o teu espírito resplandescerá quando antingires a paz da sabedoria e do amor infinito.

E quando acreditares nisto e o viveres verdadeiramente, ensina a quem o merecer, pois todos choramos e todos ansiamos pela possibilidade de remover as nossas máscaras definitivamente, afinal, todos somos anjos.

Porque não ...
...poderei eu viver segundo as minhas próprias palavras?

Porque vacilamos?

Talvez porque se não conhecessemos a escuridão não daríamos valor à luz,
talvez porque se não conhecessemos o frio não daríamos valor ao calor,
talvez porque se não fosse conheceremos o vazio não daríamos valor à plenitude do SER...ser completo!

Pelo menos, que seja por isto que os anjos choram, pois aqui está a verdade e a razão da criação, o que não invalida que me doa o coração de te ver sofrer e se pudesse desfazia-me em #$!d% para o evitar.

Beijo à chuva

Eu beijaria...
fecharia os olhos e apenas sentiria
na luz das sensações mergulharia...

deixaria me inundar pelo sabor macio de uma boca,
pelo tacto húmido de uns labios quentes,
aqueceria dos pés à cabeça,
e sentiria cada gota da chuva como um baptismo,
único de emoção...

Pararia o tempo nesse momento...
e faria dele eterno,
aí morreria...
na tentativa voraz de assim permanecer.

Faria do instante voz muda que grita sem se ouvir,
e gritaria para todo o mundo...
ainda estou vivo!

AINDA CONSIGO AMAR!

Sagittarius

Filho do fogo, da alegria e do vento
e de Júpiter, o deus da sorte e do conhecimento.

Dupla natureza
de cavalo e cavaleiro andante
de Centauro e Arqueiro viajante
sábio guerreiro pensante
conselheiro mandante
reflete o deus e o animal
o Criador e a criatura
terrestre e imortal
a chama da terra e o fogo espiritual
preso às forças do chão
e solto na rebeldia da evasão.

Arco firme
vida em movimento
o coração de pássaro livre
abre-se em chamas
para o firmamento.

Olhos como flechas
buscando aventuras
em eternos arremessos
além do horizonte
somando recomeços e mudanças.

Entre esforços terrenos
e divinos
grande é a luta,
a fé na vida
e a esperança.

Satisfazer a mente

Desejos ja todos tivemos, a sensação de satisfação também.

Ambas as coisas estao associadas ao mesmo, reacções quimicas que ocorrem no cerebro (ou outras partes)... endorfinas...ferormonas...etc etc... o nome nao interessa...

Poderia narrar, meditar ou divagar sobre muitas coisas, opções, situações, coisas associadas as "inas" e as "onas"

Hoje não me apetece! poderei vir a fazê-lo, aliás, transmiti-lo, pois ideias e textos não me faltam.

O que é Desejo? tem dias... verdade e mentira ... pois posso desejar muita coisa, mas está mais que provado que não sao as pequenas coisas que desejo que me dao razão para viver, é apenas aquela, a ânsia de estar vivo, a vontade de ser desejado, a capacidade de amar.

o que é a Satisfação? tem dias ... verdade e mentira ... pois posso me sentir satisfeito com muita coisa, mas está mais que provado que não são as pequenas coisa que me satisfazem, o que me satisfaz é viver, agradar aquele meu desejo, sentir a resposta âs minhas dúvidas, uma razão para os meus desejos....


tudo o resto é vazio, pode nao ser falso, mas é, definitivamente fútil!

Sou estranho demais? estou a desperdiçar as pequenas boas coisas da vida? é possível! não me interessa!! quero mais! quero tudo!

quero acordar de manhã com vontade! quero viver cada minuto como se fosse o último, quero ter razões válidas para isso! quero partilhar! quero sentir-me partilhado! quero que alguem me perceba! QUERO AMAR! até morrer! QUERO SER AMADO até depois de morrer!


desculpem o exagero...é assim que vivo, é assim que amo, é assim que sou ... e não gostaria de ser de outra forma ... por mais que o coração me doa!

Ouça quem tem cabeça pra ouvir.