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domingo, 23 de janeiro de 2011

Adeus amigo

Desde criança me deu o seu calor. O seu afecto e lealdade.

Causava sempre uma má primeira impressão a quem o conhecia, mas essa era a sua fachada para se proteger. No seio de quem confiava era meigo, afável, compreensivo e amigo.

Apesar de parecer mau ou bruto para muitos, apenas cumpria o seu papel protector.

Apesar de estar preso com as correntes das vicissitudes da vida, sempre se mostrou alegre e forte. Cabeça erguida.

Deu tudo o que tinha em troca de conforto e carinho...

No fim, só tinha um arrependimento, morreu sem conhecer uma companheira que o preenchesse.

Ontem, aos 84anos, numa noite gélida de inverno disse-me adeus e deu o seu último suspiro nos meus braços...

...era assim o meu amigo Black.